sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Nutrição na gestação



           A gestação é sem dúvida, a fase de vida da mulher de maior vulnerabilidade nutricional. O seu estado nutricional pré-gestacional trará repercussões tanto para a vida da mãe, e sua consequente capacidade de dar a luz, como influenciará diretamente no peso ao nascer e futuro crescimento e desenvolvimento da criança.
            Uma série de transformações acontece no organismo materno e essas mudanças são extremamente necessárias para regular o metabolismo, promover o crescimento e desenvolvimento fetal e preparar a mãe para o trabalho de parto, nascimento e lactação. Sendo assim se faz necessário um maior suprimento dos diversos tipos de nutrientes básicos para a manutenção da nutrição e saúde materna e também para garantir um adequado desenvolvimento fetal, uma vez que, as reservas energéticas e nutricionais da mãe serão por um bom tempo sua única fonte de nutrientes.
            Desta forma, todos os nutrientes são indispensáveis no dia-a-dia da mãe. O que não significa que a mulher grávida deve comer por dois, comer com qualidade não tem nada a ver com quantidade. Uma alimentação balanceada e bem equilibrada garantirá sem dúvidas uma variedade suficiente desses nutrientes. Os carboidratos, por exemplo, que sempre são os vilões das dietas, constituem a principal fonte de energia de que o feto dispõe para assegurar seu crescimento e desenvolvimento. Quantidades suficientes de proteínas devem ser oferecidas, pois irão garantir o desenvolvimento da placenta, hipertrofia de tecidos maternos e expansão do volume sanguíneo, sendo considerada também base fundamental para o crescimento fetal. Já os lipídeos, ou popularmente conhecidos como gorduras, devem ser consumidos com moderação, porém não são menos importantes que os demais, já que garantem uma reserva energética ‘acessória’ se necessário. Não podemos esquecer ainda das vitaminas e minerais que possuem papel fundamental durante a gestação, e que mesmo sendo adquiridos através de diversas fontes alimentares (frutas, verduras e legumes principalmente), devem em alguns casos ser suplementados.
            Vale ressaltar, que o acompanhamento de um profissional nutricionista nessa fase de vida é tão importante quanto o pré-natal, pois só ele tem a capacidade e os conhecimentos necessários a garantir uma boa qualidade e disponibilidade nutricional, levando em consideração a individualidade de todos os pacientes tratando ou prevenindo diversas patologias. Procure sempre um bom Nutricionista!!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Obesidade infantil - Uma epidemia mundial


Um fato notável em todo mundo é o aumento do número de crianças consideradas com excesso de peso, ou até mesmo em um grau já avançado de obesidade. Cerca de 6 a 10% das crianças de hoje encontram-se sobrepesas, e boa parte destas, permanecem obesas após a vida adulta. O fator genético (hereditário) e distúrbios psicológicos, são alguns dos fatores predisponentes ao sobrepeso, porém, estudos têm revelado que, os hábitos alimentares e o estilo de vida que a criança leva são sem dúvida, as principais causas desse aumento de peso desregrado.
         Os hábitos alimentares de um adulto, bem como a qualidade de vida que ele levará, são sem dúvida reflexo da rotina de vida criada ainda na infância, e os pais são os principais responsáveis por isso. A introdução de hábitos alimentares saudáveis deve começar bem cedo e por incentivo daqueles que são o espelho da criança, tudo que os pais fazem, será observado, admirado e repetido pela criança.
         A rotina corrida dos pais, o dia-a-dia no trabalho, os levam a se descuidarem da sua própria alimentação, que dirá da dos pequenos que ficam em casa, muitas vezes sob o cuidado dos avós, ou babás, levando uma vida sedentária em frente ao computar e jogos eletrônicos, sem nenhum tipo de gasto energético. A falta de atividade física é a segunda principal causa da obesidade infantil.
         Para aquelas famílias que já tem alguma criança ‘fofinha’ em casa, quanto antes forem tomadas providências, maiores as chances de a sua criança tornar-se mais saudável. O sucesso do tratamento da obesidade infantil deve basear-se principalmente em um programa que inclua envolvimento familiar, modificações da dieta, planejamento de atividades incluindo (sem exceções) a prática de exercícios físicos para se obter um gasto calórico ideal.
Estar com excesso de peso não deve ser sinônimo de tortura psicológica para criança, é aí onde entra um acompanhamento do profissional juntamente com a família, para que tudo seja feito de forma a propiciar nela mudanças agradáveis e prazerosas. Por isso se faz necessário que toda a família participe sempre de cada processo, por exemplo, no caso da adequação alimentar, a dieta não precisa se tornar tão desagradável para a criança, se a família toda adquirir hábitos saudáveis, isso se tornará comum para ela.


Vale ressaltar que, quando uma criança é muito pressionada na infância em relação ao seu peso ou a quantidade de alimento ingerido por ela, se recebe apelidos ou é motivo de chacota entre seus amigos e familiares, há sem dúvida uma probabilidade maior da mesma desenvolver algum distúrbio alimentar quando adolescente, do tipo bulimia e anorexia, por isso muito cuidado. Elogios e incentivos principalmente por parte dos pais a cada passo alcançado pelo pequeno irá fazer uma grande diferença em seu tratamento. Com amor e dedicação qualquer meta pode ser alcançada, pense nisso!